O Comércio

O Comércio

Cada propriedade da Colônia era quase auto-suficiente. No início, o excesso da produção agrícola era de difícil comercialização. Não havia estradas e o transporte era feito em lombo de cavalos até São Pedro de Alcântara ou Santo Amaro da Imperatriz e trocado por ferramentas, sal, querosene ou tecidos. 

Aqueles que moravam próximos à Estrada das Tropas para Lages (uma trilha que ligava o planalto ao litoral do Estado) - era o caso da família Pitz - tinham maiores facilidades. Os tropeiros vinham dos campos de Lages com gado e mulas de carga com charque. Na volta, levavam açúcar grosso geralmente pago com dinheiro vivo resultante das vendas na Capital. Este tipo de comércio caracterizou os cinqüenta anos iniciais da colônia.

Posteriormente, com a inauguração, em 1888, da estrada carroçável entre São José e São Pedro de Alcântara margeando o Rio Maruim, os colonos começaram a comercializar os seus produtos (açúcar, feijão, milho, farinha de mandioca, galinhas e porcos vivos, banha de porco, ovos e charque) na Capital do Estado. Levadas por carroças até Praia Comprida (São José), as mercadorias eram transportados em balsas a vela até o Mercado Público de Florianópolis, na Ilha de Santa Catarina.

Em 1926 foi inaugurada a Ponte Hercílio Luz ligando a ilha ao continente, mas como os acessos eram precários, a comercialização da produção da colônia ainda levou anos para tornar-se mais fácil.

Virgílio Pitz, na década de 50, comprou um caminhão para fazer o transporte das mercadorias.

O dinheiro que sobrava da comercialização – embora o escambo fosse bastante comum - era investido em melhorias da propriedade e o restante guardado em casa ou emprestado a juros módicos, aos maiores comerciantes do lugar. Utilizavam der Schuldschein (nota promissória) como garantia do dinheiro emprestado.